Poço de José de Moura

Candidata à Prefeitura de Poço José de Moura acusa abuso de poder político e econômico

AIJE denuncia uso da máquina pública de Triunfo para influenciar eleições municipais vizinhas na Paraíba

A candidata à prefeitura de Poço José de Moura, Raelza Nogueira de Sousa, ingressou com uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) contra sua adversária Laís Raquel Dantas de Oliveira, sua vice Veluma Hayalla Mariz Moura, e o prefeito de Triunfo, Espedito Cezário de Freitas Filho, esposo de Laís. A ação ainda envolve Joaquim Júnior Gonçalo Feitosa, candidato a vice-prefeito de Triunfo. A denúncia, baseada na Lei Complementar nº 64/90, alega que os acusados vêm utilizando a estrutura administrativa de Triunfo para interferir no processo eleitoral de Poço José de Moura.

De acordo com a ação, eleitores de Poço José de Moura estariam sendo coagidos a pedir exoneração de seus cargos na prefeitura local com promessas de futuras contratações na prefeitura de Triunfo, administrada por Espedito. Essa prática, segundo Raelza, tem como objetivo assegurar apoio político à candidatura de Laís e Veluma. A proximidade geográfica entre os municípios facilita esse tipo de articulação, uma vez que Triunfo e Poço José de Moura são cidades vizinhas no Sertão da Paraíba.

A denúncia também chama atenção para o histórico político dos envolvidos: Laís já foi secretária de saúde em Poço José de Moura e, atualmente, ocupa o papel de primeira-dama de Triunfo. Isso, conforme a acusação, amplia seu poder de influência na região e fortalece a possibilidade de uso da máquina pública em benefício próprio. A AIJE inclui documentos como fotos, registros no SAGRES, e dados de exonerações e novas contratações que reforçam as suspeitas de abuso de poder.

Outro ponto relevante é um alerta emitido pelo Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB), que apontou um excesso de contratações precárias em Triunfo. Segundo o órgão, a cidade conta com 251 servidores efetivos e 635 contratados temporariamente, o que representa um índice de 253% em relação ao número de efetivos, ultrapassando os limites estabelecidos por norma do próprio tribunal. Esse cenário reforça a acusação de utilização irregular de recursos públicos para fins eleitorais.

A ação movida por Raelza solicita que a Justiça Eleitoral investigue os fatos e adote medidas cabíveis para assegurar a lisura das eleições nos dois municípios. Até a publicação desta matéria, os citados na denúncia não haviam se manifestado publicamente sobre o caso. O portal Repórter PB mantém espaço aberto para que as partes envolvidas apresentem suas versões dos fatos.

Rállyson Nunes

Jornalista com a DRT 2233/RN, apresentador e repórter de rádio com atuação no Grupo TCM de Comunicação, comentarista político, repórter de TV, Diretor de Empresa Jornalística com a DRT 0001/RN, Tec. em Hospedagem de Sites, Sistemas e Rotas de DNS, Empresário responsável pelas empresas Crianet e Gazeta do RN.

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